Síndrome de Ekbom
O que é?
A síndrome de Ekbom é conhecida, também, como parasitose delirante, delírio de parasitose ou infestação parasitária delirante. A condição acarreta alucinações e faz com que a pessoa acredite que estejam infestadas de insetos, vermes, ácaros, piolhos e pulgas.
Ainda, há casos em que a pessoa acredita, também, que sua casa, roupas e objeto estão, também, infestados por parasitas. Além disso, os indivíduos com a síndrome de Ekbom descrevem, de maneira detalhada, como os organismo entraram em seus corpos.
É comum que o quadro cause sensação de coceira, irritação e rastejamento, de maneira realística. Todavia, essas alucinações podem desencadear feridas ou úlceras, em razão da excessiva ação de coçar, cutucar ou mutilar a pele.
Ademais, há pessoas que chegam, até mesmo, a aplicar diferentes produtos químicos ou procurar maneiras radicais de eliminar os parasitas. Vale ressaltar que essas atitudes podem causar irritação e reações alérgicas.
A pessoa com a síndrome de Ekbom pode realizar diferentes exames médicos para comprovar que infestação é real. Por fim, em alguns casos, a pessoa com parasitose pode apresentar, também, outros transtornos, como esquizofrenia, depressão, hipocondria, ansiedade e transtorno obsessivo-compulsivo.
Sintomas da síndrome de Ekbom
Os sintomas, normalmente, variam entre as pessoas. No entanto, é comum a síndrome de Ekbom se manifestar como sensação de pinicamento e rastejamento. Há casos que a pessoa relata sentir uma sensação física real, como o formigamento.
Assim sendo, outros sinais possíveis são marcação da pele, que pode ocorrer de diferente formas. Desse modo, marcas de arranhões e perfurações com objetos são indícios da presença da síndrome.
Por conseguinte, a parasitose delirante é mais comum em mulheres e, ainda, tem maior frequência em pessoas com mais de 40 anos de idade.
Por fim, o quadro pode levar alguns indivíduos a desenvolverem atos de automutilação e pode levar, até mesmo, ao suicídio.
Tratamento da síndrome de Ekbom
O tratamento da síndrome é feito por meio do auxílio do psicólogo e do psiquiatra. Outro fator importante no tratamento é a busca de um dermatologista para comprovar que não há pragas no corpo da pessoa.
Em casos mais graves o uso da medicação é indicada para ajudar no controle das alucinações. A psicoterapia trabalha na compreensão da condição e na diminuição dos sintomas.
Porém, as pessoas com a síndrome de ekbom, normalmente, recusam o tratamento, porque não acreditam que estejam com o quadro. Em virtude disso, muitos pacientes continuam indo atrás de especialistas da saúde para comprovar a presença dos parasitas.
A psicoterapia é a melhor forma de tratamento e qualidade de vida. Procure um profissional da saúde psicológica e um psiquiatra para obter um diagnóstico completo e buscar a melhor forma de tratamento.
Inpa – Instituto de Psicologia Aplicada, Asa Sul, Brasília – DF, Brasil.