O que é musicoterapia?

musicoterapia

Atualmente, há diversas formas de terapias alternativas, como a acupuntura e a meditação. A musicoterapia surge como mais uma dessas formas de terapia complementares. 

A maior organização de musicoterapia é a American Music Therapy Association. A associação marca os primórdios da musicoterapia desde 1789. Ainda, o relato mais antigo da relação – música e propriedades curativas –  aparece na Bíblia Judaica, de acordo com o Greenberg (2017). 

No entanto, a musicoterapia só surgiu como um profissão no século XX. De acordo com o The American Music Therapy Association, os músicos começaram a frequentar hospitais de veteranos para tocar para os pacientes que sofreram traumas físicos e emocionais. 

Após esses acontecimentos, os médicos e enfermeiros viram os efeitos positivos da música e solicitaram a contratação dos músicos. Em razão disso, foi observado a importância de um treinamento para os músicos ao iniciar o tratamento em hospitais. Portanto, iniciaram a educação em musicoterapia.

Nesse artigo, será abordado o que é essa forma de terapia alternativa, para quem é indicado e como funciona a musicoterapia.

O que é?

A musicoterapia é uma técnica de uso clínico, que é baseada em evidência de intervenções musicais, para o melhoramento da qualidade de vida. 

Os musicoterapeutas usam a música para tratar de diferentes problemas, como:

  • físicos;
  • emocionais;
  • mentais;
  • sociais;
  • estéticos;
  • espirituais.

A terapia alternativa trata diferentes quadros para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Os focos da musicoterapia são o melhoramento do emocional, da comunicação, do social, do sensorial, do educacional e da habilidade motora. 

Além disso, as principais técnicas utilizadas nas sessões são:

  • improvisação;
  • recriação;
  • composição;
  • métodos receptivos;
  • discussão de música.

Ademais, a musicoterapia é utilizada em hospitais, centros de câncer, escolas, programas de terapia em grupo e autoajuda, hospitais psiquiátricos e projetos sociais. 

A musicoterapia é diferente da Musopatia  (técnica que baseia em uma abordagem mais genérica – e não cultural), que é baseada em respostas neurais, físicas e sonoras. 

Especialistas acreditam que essa forma de terapia alternativa é benéfica para todos os grupos de pessoas, tanto de forma física quanto psicológica. 

Vale ressaltar, que de maneira geral, os benefícios da musicoterapia são:

  • redução da depressão e da ansiedade;
  • melhoramento da frequência cardíaca;
  • estimulação cerebrais;
  • melhoramento da aprendizagem.

No tópico seguinte, será apresentado como funciona uma sessão de musicoterapia.

Como funciona a musicoterapia?

O principal método de intervenção, que é utilizado na musicoterapia, é dividido em duas técnicas, que são:

Ativas

Assim como o nome diz, a técnica ativa é baseada nas ações dos pacientes com a música. Dessa forma, quando uma pessoa está fazendo música (cantando, tocando instrumento, improvisando ou compondo), ela está usando técnicas ativas da musicoterapia.

 Receptivas

Todavia, no caso das técnicas receptivas, a pessoa está respondendo à música, por exemplo ouvir o som, dançar ou analisar as letras. 

Vale ressaltar que tanto as técnicas ativas quanto receptivas são usadas nas sessões de musicoterapia. E, normalmente, elas são combinadas durante o tratamento.

Ademais, as sessões podem ser realizadas individualmente ou em grupo e as músicas podem ser tanto indicações do musicoterapeuta, quanto do paciente. O trabalho do musicoterapeuta é estabelecer o melhor tipo de intervenção e abordagem para aquele contexto. 

Assim sendo, a pesquisa é ampla e vai desde o genero de música que combina com os sentimentos e necessidades do paciente. 

Os principais usos da musicoterapia são:

  • dificuldade de fala após um derrame;
  • problemas com habilidades motoras, tanto finas quanto grossas;
  • ajuda na coordenação e cronometragem de movimentos;
  • relaxamento muscular e emocional;
  • facilidade para compreender emoções e sentimentos;

Para quem a musicoterapia é indicada?

A musicoterapia é benéfica para diversos grupos de indivíduos. Além disso, essa terapia alternativa pode ser aplicada em diferentes tratamentos, tanto físicos quanto psicológicos.

Por exemplo, quando a pessoa tem dificuldades de se expressar verbalmente, a musicoterapia pode ser uma forma de comunicação entre o musicoterapeuta e o paciente.

A música pode evocar emoções positivas e estimular áreas do cérebro. As principais pessoas para quem a musicoterapia é indicada são pessoas com:

Dessa maneira, a musicoterapia ajuda no melhoramento e aprimoramento do funcionamento:

  • cognitivo;
  • social;
  • emocional;
  • motor;
  • dificuldades intelectuais;
  • lesões cerebrais.

Entretanto, vale ressaltar que a musicoterapia pode ser utilizada para pessoas com patologias físicas, como o câncer e a hipertensão.

Lembre-se

A música é utilizada, frequentemente, para reduzir os níveis de ansiedade, estresse, percepção da dor, melhoramento da autoestima, da comunicação verbal, comportamento pró-social e habilidades de socialização. Em razão disso, a musicoterapia se torna uma forma de abordagem efetiva.

No entanto, a musicoterapia é utilizada como uma forma de terapia complementar que deve ser feita correlacionadas com outras terapias, como a psicoterapia.

Portanto, busque ajuda psicológica e médica para obter o diagnóstico de suas patologias e realizar a melhor forma de tratamento.

Inpa – Instituto de Psicologia Aplicada, Asa Sul, Brasília – DF, Brasil.

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