Entenda os Aspectos Únicos do Desejo Sexual Feminino
O desejo sexual, em si, é um impulso natural, que trabalha sem o nosso conhecimento, na maioria das vezes involuntariamente e além de nosso controle.
Dessa forma, somos atraídos uns pelos outros em um nível subconsciente, como resultado de pistas biomecânicas, incluindo a postura e os feromônios que cada pessoa exala – seu “cheiro” sexual – o que nos leva a escolher nossos parceiros.
Assim, os fabricantes de perfume e publicitários, por exemplo, se apegaram a essa teoria dos feromônios, ‘’aromas de marketing’’, que supostamente irão ajudá-lo a atrair instantaneamente a atenção sexual do outro.
Mas, o que o desejo sexual feminino têm de diferente do masculino?
Para saber mais sobre o assunto, neste artigo listamos:
- Afinal, o que é desejo sexual?
- Fases da resposta sexual humana
- O desejo sexual e a fisiologia
- Desejo sexual da mulher na gravidez
- Relacionamento, afeto e desejo
- Disfunção sexual do parceiro e diminuição do desejo feminino
- Estresse e desejo sexual
- Sedentarismo, obesidade e desejo sexual
- Ovário policístico e desejo sexual
- Tratamentos hormonais e desejo sexual
- Dicas para aumentar o desejo sexual
- Terapia Conjugal no Inpa
- Terapia Sexual no Inpa
- Como agendar a sua consulta
Afinal, o que é desejo sexual?
Normalmente, tendemos a pensar no desejo como uma emoção – isto é, decorrente de nosso estado mental, semelhante à afeição, raiva, surpresa ou êxtase.
Entretanto, o desejo sexual se difere um pouco dessas outras emoções. Muitos cientistas e psicólogos acreditam que o desejo é, na verdade, um impulso corporal, mais análogo à fome ou à necessidade de oxigênio do sangue, do que uma simples emoção ou sentimento.
A palavra “desejo” provavelmente traz à mente romances fervorosos, atividades exclusivas para adultos e um desejo de conexão sexual íntima. O desejo sexual pode, de fato, ser o único tipo de desejo genuíno: pensa-se que todas as outras formas de desejo e energia criativa são o resultado de energia sexual redirecionada para outras áreas – frequentemente chamada de libido.
O impulso corporal de desejo é apenas de natureza sexual, tudo mais é um estado emocional desenvolvido a partir desse desejo primário.
Desse modo, o desejo sexual é, – senão a mais forte – das necessidades humanas. Normalmente, isso ocupa uma grande parte do nosso tempo, energia emocional e vidas.
Fases da resposta sexual humana
O ciclo de resposta sexual (ou as fases da resposta sexual), se refere à sequência de mudanças físicas e emocionais que ocorrem quando uma pessoa fica sexualmente excitada e participa de atividades sexualmente estimulantes, incluindo relação sexual e masturbação.
Saber como seu corpo responde durante cada fase do ciclo pode melhorar seu relacionamento e ajudá-lo(a) a identificar a causa de uma possível disfunção sexual, por exemplo.
O ciclo de resposta sexual possui quatro fases: desejo sexual (libido), excitação, orgasmo e resolução. Tanto homens quanto mulheres passam por essas fases, embora o momento geralmente seja diferente. Por exemplo, é improvável que ambos os parceiros cheguem ao orgasmo ao mesmo tempo, mas pode acontecer. Além disso, a intensidade da resposta e o tempo gasto em cada fase variam de pessoa para pessoa.
Muitas mulheres não passarão pelas fases sexuais nesta ordem. Alguns desses estágios podem estar ausentes durante alguns encontros sexuais ou fora da sequência em outros.
O desejo de intimidade pode ser uma motivação para a atividade sexual em alguns indivíduos, por isso, compreender essas diferenças pode ajudar os(as) parceiros(as) a entender melhor o corpo e as respostas um do outro, e melhorar a experiência sexual para ambos.
O desejo sexual e a fisiologia
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a sexualidade é considerada como um aspecto central da vida humana. E é vivenciada e expressa em pensamentos, fantasias, desejos, crenças, atitudes, valores, comportamentos, práticas, papéis e relações.
Para os apaixonados, o desejo sexual, é um botão mágico que só o amor é capaz de ligar. Mas, para os cientistas, o desejo sexual não têm tanto romantismo. Trata-se de um processo bioquímico que desequilibra rapidamente todo o corpo e que é descrito por vários sinais fisiológicos.
Testosterona
A testosterona é um hormônio encontrado em humanos, bem como em outros animais. Dessa forma, os testículos produzem testosterona principalmente nos homens, porém em mulheres, os ovários também produzem testosterona, embora em quantidades muito menores.
A produção de testosterona começa a aumentar significativamente durante a puberdade e começa a cair após os 30 anos ou mais.
A testosterona está mais frequentemente associada ao impulso sexual e desempenha um papel vital na produção de esperma. Também afeta a massa óssea e muscular, a maneira como os homens armazenam gordura no corpo e até a produção de glóbulos vermelhos. Além disso, os níveis de testosterona de um homem também podem afetar seu humor.
Prolactina
A prolactina é um hormônio cujo nome deriva originalmente de sua função de promover a produção de leite (lactação) em mamíferos em resposta à sucção de filhos/filhotes após o nascimento.
Desde então, demonstrou ter várias funções no corpo, que podem ser divididas em várias áreas: reprodutiva, metabólica, regulação de fluidos (osmorregulação), regulação do sistema imunológico (imunorregulação) e funções comportamentais.
As células lactotróficas produzem a prolactina, onde é armazenada e liberada na corrente sanguínea. Nos humanos, a prolactina também é produzida no útero, células imunológicas, cérebro, seios, próstata, pele e tecido adiposo.
Desejo sexual da mulher na gravidez
Durante a gravidez, o corpo da mulher experimenta um turbilhão de novos sentimentos, sensações e emoções. Seus hormônios estão flutuando e seu fluxo sanguíneo está aumentado. Muitas mulheres também notam que os seios crescem e o apetite aumenta.
Assim, a gravidez desencadeia muitas mudanças que podem afetar o desejo sexual da mulher: níveis mais altos de estrogênio e progesterona, bem como um aumento no fluxo sanguíneo para os órgãos genitais, podem levar ao aumento do desejo sexual.
É importante lembrar que a experiência de cada mulher com a gravidez é diferente. Mas existem algumas tendências corporais comuns. O desejo sexual, humor, peso, hábitos alimentares e padrões de sono podem mudar. No entanto, é comum que o impulso sexual da mulher diminua durante o primeiro trimestre, atinja o pico no segundo e volte a cair no terceiro.
Desse modo, depois de náuseas, vômitos e fadiga no início da gravidez, algumas mulheres acham que o segundo trimestre é muito mais fácil para elas. Seus níveis de energia se restaurarão, seu apetite pode voltar e sua libido provavelmente aumentará.
Relacionamento, afeto e desejo
O desejo sexual é altamente estimulável. O relacionamento nunca se limita apenas ao sexo e, em razão disso, é preciso manter o diálogo aberto. Afinal, isso ajuda todo o relacionamento, e, consequentemente, ajuda nas relações sexuais.
Um estudo feito pela Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos, publicado no Boletim de Psicologia Social e Personalidade, mostrou que há uma conexão entre a atividade sexual frequente e o bem-estar geral.
Mostra também que o sexo prediz afeto, que, por sua vez, prediz a frequência da atividade sexual. Em outras palavras, a atividade sexual leva a mais sexo.
Assim, ainda que o sexo seja muito importante para muitos casais, muitas pessoas têm relacionamentos românticos felizes, gratificantes e saudáveis sem fazer sexo com seus parceiros (ou apenas fazem sexo com seus parceiros de vez em quando).
A sexualidade existe em um espectro. Pessoas assexuais experimentam pouca ou nenhuma atração sexual (e geralmente não fazem sexo, embora cada pessoa seja diferente), enquanto as pessoas sexuais experimentam atração sexual.
Dessa forma, como há uma grande variedade em nossos sentimentos sobre sexo e nossa capacidade de atração sexual, todos nós temos abordagens diferentes do sexo e, desde que todas possuam o respeito como base, nenhuma está errada.
Disfunção sexual do parceiro e diminuição do desejo feminino
Além dos problemas de diminuição sexual feminino, muitas vezes, a falta de libido da mulher pode ter sua origem em disfunções sexuais nos homens.
Aqui estão alguns exemplos de disfunções sexuais masculinas que podem afetar o desejo sexual feminino:
Falta de preliminares
O conjunto de carícias realizadas antes do ato sexual em si, chamado de preliminares, funciona como um aquecimento, uma agradável imersão no universo erótico do outro, que pode começar com um beijo, um olhar e sem lugar certo para chegar.
Assim, a falta dessas preliminares, dessa conexão antes do ato, pode afetar o desempenho sexual de ambos, fazendo com que o momento não seja prazeroso para nenhum dos envolvidos.
Descompasso sexual
O descompasso sexual acontece quando o casal não está em sintonia e não apresenta os mesmos desejos naquele momento.
Quando um quer dormir e o outro deseja sexo, ou quando os dois apresentam o mesmo desejo sexual mas não conseguem adequar sua vontade com a vontade o outro, a relação pode desandar.
Gostos diferentes
A melhor forma de resolver problemas causados por gostos diferentes na hora do sexo, é o diálogo.
Conversar sobre o que cada um gosta e como o outro pode se adaptar ou abrir mão dos seus gostos por um dia, pode ajudar a melhorar significativamente a vida sexual de um casal.
Falta de negociação sexual
Este problema geralmente ocorre quando há a falta de diálogo.
Quando um dos dois não deseja conversar com o outro sobre seus desejos e vontades, a negociação sexual não ocorre e a relação pode se abalar.
Por isso, é extremamente necessário manter a comunicação com o seu parceiro(a).
Ejaculação precoce
A ejaculação precoce ocorre quando a ejaculação acontece mais cedo do que homem ou sua parceira(o) gostariam durante o sexo.
Essa disfunção também é conhecida como ejaculação rápida ou clímax prematuro.
Ela pode não ser motivo de preocupação, mas pode ser frustrante se tornar o sexo menos agradável e afetar o relacionamento. Se isso acontecer com frequência e causar problemas, seu médico ou psicólogo podem ajudar.
Estresse e desejo sexual
Quando você reage ao estresse, seu corpo passa por uma série de mudanças a fim de prepará-lo para ‘’fugir, ficar e lutar’’. Isso é conhecido como sua resposta de luta ou fuga. Nesse momento, quando você experimenta uma resposta de luta ou fuga, há um aumento na frequência cardíaca, na pressão arterial e frequência respiratória, enquanto funções não essenciais, como impulso sexual, são agudamente diminuídas.
Essa resposta também desencadeia a liberação de hormônios, como cortisol e epinefrina, que em níveis elevados podem causar diminuição do desejo sexual. Quando o estresse é crônico, o corpo usa hormônios sexuais para atender às demandas crescentes de maior produção de cortisol, diminuindo seu interesse por sexo.
Além dos efeitos fisiológicos do estresse, existe também um aspecto psicológico. O estresse pode fazer com que você tenha uma mente ocupada e esgotada e desvie a sua atenção para longe da vontade de sexo ou de estar realmente presente durante o sexo. Também pode afetar seu humor, levando à ansiedade e à depressão, que podem diminuir a libido por si só.
Sedentarismo, obesidade e desejo sexual
A obesidade (muitas vezes causada pela má alimentação e pelo sedentarismo) pode causar a disfunção erétil, danificando os vasos sanguíneos, diminuindo a testosterona e causando um estado de inflamação generalizada no corpo.
Os danos aos vasos sanguíneos são causados devido à hipertensão, diabetes mellitus, colesterol alto e outras comorbidades e inflamações associadas à obesidade.
Consequentemente, com a presença de disfunção erétil causada pela obesidade, há uma enorme possibilidade de uma baixa no desejo sexual (perda total ou parcial da libido).
Os efeitos nocivos da hipertensão, diabetes e do alto colesterol são bem estudados, publicados e aceitos. Homens afetados pela obesidade possuem grandes chances de serem afetados por disfunções sexuais.
Ovário policístico e desejo sexual
A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é uma doença endócrina muito comum, que afeta 5% a 10% das mulheres em idade reprodutiva em todo o mundo. Muitas comorbidades têm sido associadas à essa síndrome, incluindo infertilidade, obesidade, depressão, ansiedade, hirsutismo, alopecia e disfunções sexuais.
Entretanto, em um artigo publicado pelo Centro Nacional de Informações sobre Biotecnologia dos Estados Unidos, conclui-se que, na maioria dos casos, quando a mulher apresenta ovário policístico e o quadro não é grave, os níveis da libido e do desejo sexual não são afetados, e não têm impacto na autovalorização sexual e na satisfação sexual da mulher.
Tratamentos hormonais e desejo sexual
A Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) apontou que existem indícios de que um tratamento baseado na testosterona, que pode apresentar bons resultados para o transtorno hipoativo, por exemplo.
Para o gênero feminino, a Associaçāo Psiquiátrica Americana (APA) unificou o desejo e a excitação constituindo em um único eixo diagnóstico: transtornos de interesse/excitação sexuais femininos (DSM-5, 2013).
O papel dos hormônios e dos neurotransmissores é essencial à resposta sexual feminina, em especial: os androgênios, estrogênios, progesterona, prolactina, ocitocina, cortisol e ferormônios, além de óxido nítrico, serotonina, dopamina, adrenalina, noradrenalina e opióides.
Por conseguinte, estudos mostram que a deficiência de testosterona nas mulheres tem implicações que podem contribuir para o desejo sexual hipoativo feminino.
Dicas para aumentar o desejo sexual
Apesar de não haver um padrão para o desejo sexual feminino, se a mulher sente que está faltando, ela pode procurar dicas simples de como melhorar o seu desejo:
Atividade física
Os exercícios físicos regulares ajudam a libido de diferentes formas. Há estudos que comprovam que o exercício regular ajuda a lidar com questões como preocupação, humor e desejos sexual.
Ainda, mulheres com patologias secundas, que afetam a libido, podem ter alguns de seus sintomas reduzidos com a prática de exercícios físicos que liberem hormônios do “bem”, como a endorfina e a serotonina.
Cuidados com a autoestima
Pessoas com uma autoestima equilibrada têm um sentimento de bem-estar muito maior do que pessoas com baixa autoestima.
Isso acontece porque quando temos uma boa autoestima, o amor próprio e o respeito próprio aumentam, pois a autoestima está ligada a tudo que nos faz bem e é saudável para a saúde mental e física.
Além disso, a manutenção da boa autoestima melhora seu relacionamento e o sexo, pois uma boa autoestima gera autoconfiança, que é essencial para o sexo ter qualidade.
Assim, uma pessoa autoconfiante não se sente insegura na hora de inovar e experimentar no momento de prazer.
Autoconhecimento
Aliada à autoestima, o autoconhecimento, tanto corporal quanto emocional, auxilia na construção de uma vida sexual saudável.
Conhecer os seus gostos, vontades, limites e sentimentos e crucial para manter o desejo sexual e compartilhar bons momentos com aqueles em que você confia.
Melhoria na qualidade da comunicação e da relação conjugal
Como já dito anteriormente, prezar pela boa comunicação com o seu parceiro(a) só traz benefícios à sua relação!
Conversar sobre angústias, tristezas, compartilhar alegrias e desejos é essencial para que, não só a vida sexual, mas a rotina se torne mais leve e agradável para ambos.
Por isso, sempre que sentir-se distante e seu parceiro(a), procure conversar para que tudo se resolva.
Tratamentos hormonais
Uma vez que existam várias possibilidades de tratamentos hormonais para tratar as disfunções sexuais femininas – incluindo a falta de desejo sexual, se torna interessante procurar por essa alternativa.
Quando ocorre, por exemplo, a síndrome ou transtorno do desejo sexual hipoativo (DSH), que é a condição em que a libido simplesmente desaparece, o tratamento com a testosterona transdérmica é eficaz na melhora desse distúrbio sexual, segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (febrasgo).
Terapia Conjugal no Inpa
O objetivo da terapia de casal, também chamada de terapia conjugal é favorecer o desenvolvimento de comportamentos que conduzam a um melhor relacionamento do casal.
Por isso, o terapeuta de casal auxilia a entender a história individual dos cônjuges e a história do relacionamento conjugal.
Dessa forma, a partir do conhecimento das preferências e das necessidades individuais e do casal, podem ser traçados objetivos comuns para os parceiros. Para que o casal engaje de forma mais satisfatória no relacionamento.
O Inpa oferece o serviço de Terapia de Casal há 20 anos e possui profissionais com a mesma experiência de décadas.
Terapia Sexual no Inpa
A terapia sexual é o tratamento das disfunções ou inadequações sexuais. Portanto, caso perceba algum indício de disfunção sexual, procure um terapeuta sexual.
Como exemplo de disfunções sexuais no homem, pode-se citar a disfunção erétil, a ejaculação prematura e o transtorno orgásmico. Já para as mulheres, exemplos de disfunções sexuais podem ser a falta de desejo sexual e a anorgasmia.
Perceba a importância de procurar um profissional especializado. Por isso, os psicólogos do Inpa têm como diferencial o trabalho em sexualidade com base na terapia comportamental. Terapia essa que se destaca de outras abordagens pela eficiência e rapidez na produção de resultados.
No Inpa, a formulação clínica sobre as dificuldades sexuais do cliente de terapia sexual é feita de forma individualizada, adequando-se as técnicas de intervenção ao tratamento específico, o que acelera a resolução do problema e previne recidivas.
Como agendar a sua consulta
Você pode agendar a sua sessão de psicoterapia por meio do nosso site.
Assim, após entender um pouco mais sobre como escolher um psicólogo, você pode eleger a modalidade de atendimento que seja melhor para a sua programação e entrar em contato conosco.
Além do site, também é possível marcar o seu atendimento ligando para (61) 3242-1153 61 ou mandando um WhatsApp para 3242-1153.
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Inpa – Instituto de Psicologia Aplicada, Asa Sul, Brasília – DF, Brasil