6 Dicas práticas para aumentar a autoestima em 2020

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Antes de mais nada, qual o primeiro pensamento que vem em mente ao falar de autoestima? Se a resposta for “sentir-se bonito(a)”, torna-se necessário abranger os conceitos relativos à autoestima.

O amor-próprio não é produto que pode se encontrar em algum comércio. Dessa forma, a autoestima está ligada a diferentes fatores que não estão relacionados, necessariamente, com a beleza.

Afinal, no campo psicológico, a autoestima envolve uma série de aspectos, tais como:

Sob o mesmo ponto de vista, ter a autoestima elevada pode fazer a diferença na vida de uma pessoa. Essa é a afirmação que vemos em palestras, em vídeos, em livros e em programas de televisão. Desse modo, os focos são o bem-estar, a qualidade de vida e os relacionamentos interpessoais.

No entanto, o que se torna difícil de entender e quase sempre não é explicado é: O que é exatamente isso que chamamos autoestima? O que determina uma baixa autoestima? O que posso fazer para ter uma boa ou elevada autoestima? Vamos abordar essas questões ao longo deste texto.

O que é autoestima?

Alguns autores e a maioria dos leigos diz: “É gostar de si mesmo, valorizar-se!”. Outros dirão: “É ter uma opinião positiva de si mesmo, ter uma boa imagem de si”. Por fim, há quem defenda: “É ser confiante, acreditar em si e em sua capacidade”. 

As afirmações acima não estão erradas ao definirem autoestima, mostram-se, talvez, incompletas. 

Entretanto, o que é amor-próprio, autoconceito, autoimagem, autoconfiança e autoestima? Diferenciar e explicar melhor essas afirmações, parece difícil. 

Acredita-se que as definições mais adequadas para as perguntas são:

  • Autoconceito: opinião acerca de si.
  • Amor próprio ou autovalorização: valor ou sentimento que se tem de si mesmo adicionado a todos os demais comportamentos e pensamentos que demonstram a confiança.
  • Autoconfiança: segurança e valor que o indivíduo dá a si, nas relações e interações com outras pessoas e com o mundo.

O somatório de todos os conceitos citados é o que melhor apresenta a definição de autoestima.

Então, não estamos falando apenas de um sentimento que temos por nós mesmos. Mais que isso, estamos falando de pensamentos e de comportamentos que temos relacionados a nós mesmos.

A autoestima depende da forma como o sujeito se percebe e, além disso, do seu próprio sentimento sobre si mesmo.

Porém, toda a construção de sentimento e de visão é baseada na sua vivência. Por exemplo, uma pessoa que, durante o desenvolvimento infantil, teve contato direto com casos de abusos psicológicos terá, normalmente, uma autoestima comprometida. 

A formação da autopercepção é baseada nas interações sociais, tais como familiares, amorosas, escolares, profissionais, entre outras. 

Dessa forma, um indivíduo que vivência situações em que se sente menosprezado, geralmente, possui uma percepção negativa de si próprio.

Então, não se fala apenas de um sentimento que pessoas têm por si mesmas. Mais que isso, se discute pensamentos e comportamentos que estão relacionados à própria pessoa. 

Como medir a sua autoestima de forma simples? 

A autoestima pode ser medida por meio de alguns testes aplicados por psicólogos. E, também, por meio de consultas com psiquiatras e profissionais da Psicologia. 

Há diversas formas de se medir a autoestima como, por exemplo, utilizando a escala de Rosenberg, que é um método composto por 10 afirmações que giram em torna do quanto uma pessoa se valoriza. 

Todavia, a melhor forma de ter um diagnóstico completo e preciso, é através de uma consulta com um profissional da área. 

Algumas dicas práticas de como aumentar a autoestima em 2020 vão ser abordadas no tópico seguinte.

6 Dicas práticas para aumentar a autoestima em 2020

Existem várias maneiras de se trabalhar a autoestima elevada. Diferente do que muitos pensam, uma boa visão de si mesmo não é uma habilidade natural. Portanto, trabalhar a autoestima é uma tarefa diária e algumas dicas podem auxiliar durante esse processo:

1- Buscar o autoconhecimento 

O autoconhecimento permite entender e identificar o que acontece para que o indivíduo se sinta menos valorizado. Ou seja, quais fatos ocorreram (ou ocorrem) na vida que geram sentimentos de impotência, tristeza, ansiedade e/ou menos valia?

2- Não ser tomado pelos sentimentos 

Encontrar maneiras alternativas de agir naquela situação. Por exemplo, a pessoa descobrir seus “pontos fracos” e saber que ela poderá ser criticada por eles e, assim, agir sobre eles fazendo cursos, aprendendo com outros ou exercitando mais aquela habilidade.

3- Identificar suas qualidades 

E não apenas os defeitos. Isso facilita o engajamento em tarefas em que suas características positivas possam ser realçadas.

4- Engajar-se em atividades mais prazerosas 

Além daquelas, nas quais,  se tem um bom desempenho e se é valorizado. Dessa forma, fortalece-se a autoestima, não pela superação de um problema, mas pelo aumento de atividades que possam, produzir coisas boas para você validando o que se é e o que você faz.

5- Valorizar a si mesmo 

É a sua individualidade, empenhando-se em atividades que tragam felicidade. Por exemplo, cuidar da sua forma física (melhor autoimagem), dançar, ler um bom livro, permitir-se ser cuidado, amado e sentir-se especial.

6- Procure ajuda psicológica e médica 

A autoestima é uma das responsáveis por garantir a qualidade de vida de uma pessoa. A baixa autoestima é considerada um problema e, em alguns casos, não se resolve sozinho. Ainda, pode causar danos significativos na qualidade de vida. 

Para aprender mais técnicas de como melhorar a autoestima procure ajuda psicológica. A psicoterapia pode ser uma forma de trabalhar essas questões e conseguir melhoras significativas.

Em casos mais graves, talvez seja necessário o acompanhamento psiquiátrico. Procure ajuda psicológica e médica especializada para um diagnóstico concreto e um plano de tratamento eficaz e duradouro.

Conheça os principais pilares da autoestima

1.Autoaceitação

De forma geral, é a postura positiva em relação a si mesmo como indivíduo. Inclui elementos que envolvam pontos como respeitar suas limitações, se autodefender e se sentir bem com seu próprio corpo. 

2.Autoconfiança

É uma postura positiva em relação às capacidades e aos desempenhos próprios. É ter a habilidade de alcançar objetivos, metas e planos. 

É suportar as dificuldades e poder abstrair certos momentos, pessoas e situações. Além de possuir a capacidade de se adaptar ao exterior, através da utilização de recursos disponíveis naquele momento. 

3. Habilidade social

É a habilidade de realizar contatos. É, também, lidar com outras pessoas, ter empatia pelo outro e regular a relação de distância e proximidade. 

Além de tudo, é saber lidar com situações difíceis e ter reações flexíveis. Por fim, é conseguir sentir a ressonância social dos próprios atos e saber reagir com as atitudes de outras pessoas. 

4. Rede social ou rede de relacionamento positivo

É a ligação com uma rede de relacionamentos positivos. Desse modo, é uma relação assertiva com o parceiro e com a família. É, também, ter amigos em quem se confia.

É, principalmente, realizar atitudes para seus relacionamentos positivos sem esperar nada em troca. É tomar atitudes corretas pelo valor dos seus relacionamentos. 

Quais são os fatores que podem influenciar a autoestima?

A autoestima está ligada às experiências vivenciadas, principalmente, no período de desenvolvimento infantil. Os fatores influenciadores são:

  • Castigos e negligência frequentes.
  • Casos de abusos físicos, psicológicos, emocionais.
  • Conduta parental rígida e severa.
  • Intimidação e sabotamento.
  • Falta de incentivos, elogios, amor, entre outras formas de afeto.
  • Convívio com situações e pessoas preconceituosas ou excessivamente críticas.

De acordo com  Nathaniel Branden, existem 6 pilares que compõem a autoestima. Porém, não adianta apenas conhecer ou memorizá-los, mas também praticá-los com disciplina. 

Agir de maneira consistente e frequente diante das pequenas e grandes questões diárias. Afinal, trata-se de uma maneira de ser, ou seja, é um processo.

Os seis pilares, de acordo com Nathaniel Branden, são:

  • A prática de viver conscientemente;
  • A prática da autoaceitação;
  • A prática da autorresponsabilidade;
  • A prática da autoafirmação;
  • A prática de viver intencionalmente;
  • A prática da integridade pessoal.

O que é Baixa Autoestima?

O que determina uma baixa autoestima? Quais são as atitudes que influenciam de forma negativa ou baixa a autoestima?

Os estudos sobre autoestima apontam, em sua extensa maioria, para influências presentes na infância. Assim, Coopersmith, que realizou um amplo estudo sobre autoestima, aponta como fatores importantes na construção da autoestima: 

  1. “O valor que a criança percebe dos outros em direção a si, expresso em afeto, elogios e atenção”. 
  2. “A experiência da criança com sucessos ou fracassos”.
  3. “A definição individual da criança de sucesso e fracasso, as aspirações e exigências que a pessoa coloca a si mesma para determinar o que constitui sucesso”.
  4. “A forma da criança reagir a críticas ou comentários negativos”.

Dessa maneira, pode-se apontar, de forma mais abrangente, situações que, quando presentes na vida de uma pessoa, são precipitadas e/ou mantenedoras de uma baixa autoestima. Por exemplo, críticas, rejeições, humilhações, abandonos, desvalorizações e perdas. 

É importante frisar que a construção da percepção negativa de si mesmo é resultado de interações sociais (familiares, escolares, profissionais, entre outras…). 

A pessoa vivencia situações em que é colocada numa posição de se sentir inferiorizada e de menor valia.

Finalmente, alguns sintomas de baixa autoestima são:

  • O hábito de não assumir responsabilidade sobre seus problemas ou erros e, assim, procura sempre outros culpados.
  • Dificuldade de aceitação das limitações, ou seja, não respeita seus próprios limites.
  • Timidez, medo da rejeição e falta de confiança em si mesmo, em excesso.
  • Necessidade de reconhecimento externo e perfeccionismo.
  • O ato de procrastinar, preguiça excessiva e sensação de incapacidade.
  • Dificuldade de lidar com críticas e de reconhecimento das próprias vitórias e conquistas.

Em síntese, a baixa autoestima afeta diretamente a qualidade de vida do indivíduo. Portanto, procurar ajuda psicológica é uma das formas de tratamento adequadas.

Problemas causados pela baixa autoestima 

Primeiramente, a autoestima está ligada diretamente com a saúde física e emocional das pessoas. Quando a baixa autoestima não é tratada, adequadamente, os efeitos podem causar problemas em sua vida. 

Alguns dos problemas causados pela baixa autoestima são:  

  • Fadiga excessiva: a baixa autoestima pode causar uma extrema sensação de cansaço e desânimo. Então, atividades rotineiras podem se tornar um desafio na vida de um indivíduo.
  • Transtornos mentais: a baixa autoestima pode acarretar o desenvolvimento de transtornos mentais, porque afeta a forma como uma pessoa enxerga a si mesma. Logo, distúrbios como depressão, bipolaridade, borderline, anorexia, bulimia, entre outros, são comuns em pacientes com autoestima baixa.
  • Vida social afetada: o paciente que apresenta o quadro de baixa autoestima, normalmente, não se sente confortável na presença de outras pessoas. Portanto, o indivíduo tende a se isolar, devido à falta de confiança. Há casos em que as pessoas começam a apresentar traços de reclusão forte, podendo se tornar indivíduos antissociais. 

O que é elevada autoestima?

Há uma grande diferença entre autoestima elevada e arrogância. Algumas pessoas que não compreendem a diferença entre estar orgulhoso por suas conquistas e o excesso de confiança. Entretanto, pessoas que possuem uma autoestima elevada não são condicionadas a se sentirem superiores aos outros.Uma pessoa com autoestima alta se sente bem e feliz por ser quem ela é. O que é diferente de se sentir melhor do que outra pessoa.  

A autoestima não é sinônimo de egocentrismo, arrogância, superioridade e orgulho. Ao passo que autoestima é gostar de si mesmo com uma convicção de base forte. 

Todavia, há indivíduos que se utilizam da prepotência para parecerem superiores aos outros indivíduos. Normalmente, nesses casos, as pessoas esbanjam vidas perfeitas, sem dificuldades e capacidade de lidar com qualquer obstáculo sem muito esforço.

Dessa maneira, a linha tênue entre arrogância e autoestima elevada pode ser simples de ser diferenciada. O ponto em questão é que ninguém é melhor que ninguém; simplesmente somos diferentes.

Uma autoestima saudável possui inúmeras vantagens. Porém, não chega ao ponto de o sujeito se achar onipotente. Não confunda atitudes de amor próprio com ego inflado.

Uma pessoa que gosta de si mesma não exalta sua personalidade e suas qualidades em excesso. Além de que não torna seus pensamentos, seus sentimentos e suas opiniões a única importância ou o centro das atenções. 

A autoestima se baseia na igualdade em relação à sociedade, ou seja, não se achar melhor e nem pior. Desse modo, a autoestima possibilita o indivíduo a ter uma vida mais equilibrada emocional, física e mentalmente.

Importância de de manter uma elevada autoestima

amigos

A importância da autoestima está ligada diretamente com a qualidade de vida das pessoas. Entende-se que a baixa autoestima afeta tanto a saúde física quanto a mental. 

O trabalho, as finanças, os relacionamentos são diretamente afetados pela forma com que as pessoas enxergam a si mesmas.

Portanto, a busca pelo corpo perfeito, o trabalho ideal, o casamento dos sonhos são pontos que fazem as chances do desenvolvimento da baixa autoestima aumentarem.

Meaghan Ramsey descreve seis áreas que são eficazes para a construção da autoestima:

  • A influência da família, amigos e relacionamentos.
  • A mídia e a cultura da celebridade.
  • Como lidar com provocações e intimidações.
  • A maneira como competimos e nos comparamos com os outros.
  • A maneira como falamos sobre aparência.
  • As bases de respeitar e cuidar de si mesmo.
https://www.youtube.com/watch?v=gXlIAS-rI4E&feature=emb_title

Como melhorar a autoestima?

A autoestima elevada é benéfica para a vida de uma pessoa. Porém, o desafio está em ter a confiança, o amor próprio que auxiliam a autoestima.

A vulnerabilidade emocional afeta diretamente essa questão. Então, o que alguém pode fazer para ter uma boa ou elevada autoestima?

Comecemos com orientações de Coopersmith para as crianças e os pais:

  1. “Experimentar uma total aceitação de seus pensamentos, sentimentos e valores pessoais”.
  2. “Estar inserida num contexto com limites claramente definidos, desde que sejam justos e não opressores”.
  3. “Os pais não usarem de autoritarismo e violência para controlar e manipular a criança, bem como não humilhar, nem a ridicularizar”.
  4. “Os pais devem apresentar um alto nível de autoestima, pois eles são exemplos vivos do que a criança precisa aprender.” 

(Gobitta & Guzzo, 2002)

Benefícios da terapia para pessoas com baixa autoestima

Existem grandes benefícios para vida pessoal, para os relacionamentos afetivos, familiares, e para vida profissional, tais como:

  • Você consegue ser você mesmo;
  • Aceita de forma saudável as críticas;
  • Articula sua visão quando desafiado;
  • Aceita as mudanças;
  • Não possui medo das incertezas;
  • Torna-se mais resiliente;
  • Não sente necessidade de aprovação;
  • Entende que é normal não saber de tudo;
  • Você é mais comprometido;
  • Entende que não é preciso ser perfeito.

Lembre-se de quem deve ser a pessoa mais especial e importante no mundo, você!

Como anda a sua autoestima?

O ditado, “a grama do vizinho é sempre mais verde”, está errado! A sua relação com o outro não deve se basear na competitividade. 

Por meio de uma autoestima saudável, é possível se compreender muitas atitudes tóxicas que você possui com você mesmo e com os outros. 

Portanto, buscar a ajuda de um profissional para trabalhar a baixa autoestima é uma ótima opção. Afinal, nunca é tarde demais para se ter um convívio mais saudável com você mesmo! Então, como anda sua autoestima?

Inpa – Instituto de Psicologia Aplicada, Asa Sul, Brasília – DF, Brasil.

Referências:

Coopersmith, S. (1967). The antecedents of self-esteem.San Francisco: Freeman

Gobitta, M. and Guzzo, R. S. L. (2002) Estudo inicial do inventário de Auto-Estima (SEI): Forma A. Psicologia Reflexão Crítica , vol.15, no.1

Rosenberg, M. (1979). Conceiving the self. New York: Basic Books.

Inpa – Instituto de Psicologia Aplicada, Asa Sul, Brasília – DF, Brasil.

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