Cigarro está associado a dois terços dos aneurismas cerebrais
Cigarro está associado a dois terços dos aneurismas cerebrais. Conforme, estudo realizado pelo serviço de Neurologia do Hospital de Transplantes do Estado de São Paulo. Os autores analisaram 250 casos nos dois últimos anos.
O aneurisma das artérias cerebrais é uma espécie de saquinho que se forma na parede de uma artéria enfraquecida. É uma saliência semelhante a uma bexiga de borracha. Todavia, teoricamente, se a dilatação for pequena, não há grandes riscos. No entanto, dilatações maiores nas artérias podem causar alguns problemas graves. O mais temido é a rutura que provoca sangramento.
Por isso, uma das maiores causas de aneurisma cerebral é o excesso de cigarro para os fumantes.
Os dados demonstraram que os fumantes tem uma propensão até 10 vezes maior de desenvolverem hemorragias cerebrais em função dos aneurismas.
De acordo com Rafael Vicente Alves, um dos neurocirurgiões do Hospital de Transplantes, o cigarro contém algumas toxinas que enfraquecem uma proteína fibrosa e flexível, chamada Elastina, encontrada na parede dos vasos sanguíneos. O enfraquecimento desta proteína facilita a ocorrência do aneurisma, caracterizado pela dilatação excessiva de uma veia ou artéria no cérebro.
Além disso, Alves explica que cerca de 50% das vítimas de aneurisma sofrem sequelas graves, com as quais tem conviver pelo resto da vida. Entre 12 e 15% das vítimas são fatais. Geralmente a pessoa só descobre que tem o aneurisma quando ele sangra. Contudo, em muitos casos, pode não dar tempo de chegar ao hospital. Dessa forma, os fumantes devem ter o dobro de atenção.
Inpa – Instituto de Psicologia Aplicada, Asa Sul, Brasília – DF, Brasil.