Compulsão sexual: quando se perde o controle?
Há algumas pessoas que têm problema de compulsão sexual. Dessa forma, o indivíduo não consegue controlar o seu comportamento sexual.
Os pensamentos e desejos sexuais são tão frequentes que atrapalham o dia a dia da pessoa. O que acontece é uma interferência na capacidade de trabalhar ou de estudar, e de manter as relações e concluir tarefas simples.
Há pessoas que definem esse comportamento sexual excessivo como uma tipo de dependência sexual. Todavia, de acordo com a Associação Americana de Edcadores, Conselheiros e Terapeuras da Sexualidade (AASECT), não há dados empíricos de que o vício em sexo e o vício em pornografia sejam diagnosticados como transtornos psicológicos.
No entanto, é uma condição que pode ser tratada por psicólogos e psiquiatras e deve-se procurar tratamento.
A compulsão sexual pode ser, ainda, um assunto delicado e considerado por muitas pessoas como um tabu. Entretanto, quando a compulsão se torna um fator de empecilho na qualidade de vida, é necessário buscar ajuda.
A terapia sexual é uma forma de tratamento eficaz, que pode te ajudar a lidar com os sintomas e ter um resultado duradouro. Os principais profissionas que atuam na área da seoxlogia são:
- psicólogos;
- médicos.
Neste artigo, será abordado temas como: o que a compulsão sexual, sintomas, causas, diagnóstico, complicações e tratamento. Ainda será possível se identificar quando se perde o controle da situação.
O que é?
O Manual de Diagnóstico e Estático de Transtornos Mentais (DSM-V) e a American Psychiatric Association (APA) não consideram a compulsão sexual como um transtorno de disfunção sexual.
Em compensação, a OMS (Organização Mundial da Saúde) considera o comportamento sexual compulsão como um transtorno de impulsão, que é classificado como um padrão persistente de falha ao controlar os impulsos sexuais.
Além disso, a organização incluiu a compulsão sexual no CID-11 (Classificação Internacional de Doenças).
Vale ressaltar que o comportamento sexual compulsivo pode ser chamado, também, de:
- hipersexualidade;
- compulsão sexual;
- transtorno de hipersexualidade;
- vício sexual ou vício em sexo.
O transtorno é considerado uma preocupação excessiva com estímulos, impulsos, fantasias e outros comportamentos sexuais, que são difíceis de controlar.
Dessa maneira, a compulsão sexual traz muita angústias e afeta, de forma negativa, a saúde mental e física, os relacionamentos, o trabalho e o estudo e diversas outras áreas da vida de uma pessoa.
A grande caracterísitcas da compulsão sexual é por ser envolvido com uma grande variedade de experiencias sexuias, que são consideradas agradáveis, mas, em excesso, podem ser prejudiciais. Por exemplo:
- mastrubação;
- sexo online ou sexo cibernético;
- auxilio de pornagrafia;
- pagamentos por sexos;
- diferentes/múltiplos parceiros sexuais;
- fetiches.
A partir do momento que esses comportamentos se tornam uma necessidade e muito frequentes, eles podem prejudicar a vida de um indivíduos e daqueles que o cercam. Assim sendo, nesse momento, é possível que esse comportamento seja considerado uma compulsão sexual.
Ademais, independentemente da forma que é chamada, a compulsão sexual não pode prejudicar alguns pontos da sua vida:
- autoestima e autoconfiança;
- carreira profissional;
- relacionamentos;
- saúde física;
Se você está com problemas sexuais ou conhece alguém que está com esse tipo de dificuldade, procure ou indique algum profissional da área da sexualidade.
Sintomas da compulsão sexual
Os sintomas do transtorno da compulsão sexual estão ligados ao comportamento e a frequência em que acontece. Assim sendo, os principais sintomas incluem:
- fantasias sexuais recorrentes e intensas;
- impulsos e comportamentos que duram muito tempo e estão fora de controle;
- motivação a prática de comportamentos sexuais;
- remorso após a realização de muitos atos sexuais;
- tentativa falha de reduzir os comportamentos, desejos e fantasias sexuais;
- utilização do comportamento sexual como uma forma de fuga dos problemas;
- aparecimento de condições psicopatológicos, como depressão, ansiedade e estresse;
- atos inconscientes devido a incapacidade de controlar os impulsos sexuais, como o sexo desprevenido;
- problemas para criar vínculos e relacionamentos estáveis e saudáveis;
- problemas no trabalho ou no ambiente acadêmico.
- isolamento social.
Como citado anteriormente, as pessoas que sofrem com a compulsão sexual podem ficar fixada em práticas sexuais diversas. Assim sendo, há pessoas que sentem uma vontade incontrolável de se mastubar, equantos outras podem sentir a necessidade de terem práticas sexuais com diferentes pessoas por dia ou por vez.
Em razão dessa grande variabilidade de condições, o diagnósticos pode ser complicado. Todavia, é possível definir as principais atividades de pessoaa com o comportamento sexul compulsivo, que são:
- masturbação compulsiva;
- necessidade de múltiplos parceiros;
- vício em pornografia;
- práticas seguras e ilícitas de sexo;
- cibersexo;
- diversos encontros com profissionais do sexo.
Os sintomas são os sinais que podem auxiliar o diagnóstico preciso. Afinal, há diversos sexuais e cada qual têm um tipo de tratamento indicado.
Complicações
Apesar de diferentes instituições, profissionais e organizações não considerarem a compulsão sexual como um diagnóstico, a condição pode trazer diversas consequências para a pessoa que sofre e as pessoas ao seu redor.
Portanto, há complicações que esse transtorno pode trazer a longo prazo, como sentimentos de culpa, vergonha e raiva e baixa autoestima. Ainda, há pessoas que desenvolvem um quadro de depressão, ansiedade e fobia.
Por fim, as outras complicações podem ser:
- problemas nos relacionamentos interpessoais;
- doenças sexualemnte transmissíveis (DSTs);
- problemas financeiros;
- isolamento social;
- uso de substâncias não saudáveis e ilícitas;
- prisão por atos sexuais em locais inapropriados.
Causas da compulsão sexual
Apesar das causas do comportamento sexual não serem ainda definidas claramente, há estudos que mostram alguns dos possíveis agentes causadores.
Desequilíbrio hormonais
Há certos produtos químicos naturais do cérebro, que são chamados de neurotransmissores, que ajudam a controlar o humor, como a serotonina, dopamina e norepinefrina. Em altos níveis, esses neurotransmissores podem estar diretamente relacionados aos comportamentos sexuais compulsivos.
Mudanças nas vias cerebrais
A compulsão sexual pode ser considerada um vício que, ao longo do tempo, pode resultar em alterações nos circuitos neurais do cérebro. O que pode afetar, principal,,eme, os centros de reforço do cérebro.
Assim sendo, como em outros vícios é criado uma necessidade de estimulação mais intensa e mais duradoura para se obter a satisfação ou o alívio da compulsão sexual.
Fatores que afetam o cérebro
Há doenças e outros problemas de saúde que podem afetar partes do cérebro, como a demência. O que pode resultar em problemas em áreas do cérebro que controlam o comportamento sexual.
Ademais, o tratamento para a doença de Parkinson inclui alguns medicamentos, que podem, também, causar complicações no comportamento sexual.
Diagnóstico
Há um grande debate para a realização de diagnóstico da compulsão sexual. Afinal, há critérios importantes, como o do Manual de Diagnóstico e Estático de Transtornos Mentais (DSM-V), que ainda não consideram o quadro como uma doença psicológica.
Em contrapartida, a OMS já classifica essa condição e até a define. Desse modo, ocorre uma divergências de opiniões quando se trata da compulsão sexual.
O comportamento sexual compulsivo não possui evidências suficientes que o viabilizem como uma condição médica, de acordo com a APA. Em virtude disso, a compulsão sexual não tem diagnóstico formal.
Portanto, como não há evidências suficientes que apoiem o comportamento sexual compulsivo e os circuitos psicológicos, esses critérios não têm aplicação no diagnóstico.
Todavia, há um número que cresce de casos que apresentam o comportamento sexual compulsivos. Dessa maneira, diversos profissionais da saúde já trabalham com o tratamento dessa condição.
Afinal, a compulsão sexual traz diversas consequências e, logo, foi ampliado a discussão do quadro como um transtorno psicológico e mental.
Tratamento da compulsão sexual
O tratamento do comportamento sexual compulsivo pode ser complicado. Afinal, envolve uma série de comportamentos e padrões. Há pessoas que, ao apresentarem os sintomas da compulsão, negam que têm um problema.
Além disso, o fato de não ser classificado como uma doença psicológica pelo DSM-V é, também, outro agravante para dificultar o tratamento.
As opções buscam reduzir os sintomas e gerenciar os desejos que envolvem a compulsão. Ainda, os especialistas indicam a prática de hábitos saudáveis.
As principais formas de tratamento são:
- Terapia;
- Medicação.
A terapia comportamental é uma forma de abordagem que pode ser muito eficiente para o tratamento, porque fornece uma grande variedade de técnicas e ferramentas que ajudam a mudar o comportamento da pessoa.
Em casos graves, pode ser recomendado o uso de medicamentos, busque ajuda psiquiatra para o melhor diagnóstico.
Inpa – Instituto de Psicologia Aplicada, Asa Sul, Brasília – DF, Brasil.